terça-feira, 29 de dezembro de 2009
era de me não conheceres que te vinham os sonhos, como navios sem rumo, a tecer as ondas de outras direcções, sem mar. onde estavas quando te perdeste? perdido antes de acontecer a invenção de te encontrares. agora ainda por aí caminhas, transeunte de ti mesmo, à espera que alguém te salve. por me não conheceres falas de mim como se me faltasse o coração. não sabes tu que dentro do peito, me cresceu uma fonte de lágrimas. talvez agora ainda penses fazer de mim sempre o que querias mas do teu querer já não se fazem as minhas emoções. quando te deres conta já não sonhas nem sabes de ti perdido noutros mares. vai ser feliz para outro lado. que deste lado de mim já não há espaço para te ver chorar, quanto mais sorrir. apodreceremos em lados opostos. estou cansada de ti, de te ouvir dizer que conheces o que nunca em ti soubeste existir - eu.