quarta-feira, 30 de abril de 2008
Afoguei-me nas palavras como um peixe fora de água
Chorei!
Cravei os meus olhos com o suor frio das saudades que carrego no peito,
dentro do peito, por entre as vísceras, nadam os peixes de um oceano sem dono!
Morri!
Com a cal dos dias repletos de memórias adormeci-me,
adormeci-me nas tuas palmas,
cega de um amor inteiro que se mexia como um lençol estendido ao vento.
Se a vida me chorasse ao menos como se chora a morte de alguém que amamos, se a vida me risse com a boca que usa para me insultar. Se o céu não fosse o limite e a bagagem coubesse nos meus bolsos.
Não condeno as ruas estreitas, não balanço a incerteza e por dentro da pele, nas veias, corre o sangue num contratempo desapontado. Rascunhos perfeitos de palavras que não sei se um dia conseguirei soletrar ao teu ouvido.
Não condeno as ruas estreitas, não balanço a incerteza e por dentro da pele, nas veias, corre o sangue num contratempo desapontado. Rascunhos perfeitos de palavras que não sei se um dia conseguirei soletrar ao teu ouvido.
Afoguei-me nas palavras como um peixe fora de água.
Canto a breve exactidão dos passos ao teu encontro,
assobio a ausência soltando-a aos poucos,
desamarro as faltas e as inquietações.
Canto a breve exactidão dos passos ao teu encontro,
assobio a ausência soltando-a aos poucos,
desamarro as faltas e as inquietações.
E hoje saí de mim para me ser em Ti, de tal forma que julgo que o meu corpo deambula como um cego à toa, pelas ruas amontoam-se as palavras que se soltam da minha voz e te levam os meus sussurros. Rasguei os meus medos ao meio e partilhei-os contigo.
Beija-me a verdade calada,
muda!
Silencia-me com o sabor equacional dos teus lábios.
Beija-me a verdade calada,
muda!
Silencia-me com o sabor equacional dos teus lábios.
Despi o eco com o suor das mãos envergonhadas,
atadas atrás das costas,
presas como o céu dentro dos teus olhos,
escondi-me mais um pouco e em jeito de menina
ofereço-te os meus sonhos numa bandeja de sorrisos soltos à socapa.
para lb
atadas atrás das costas,
presas como o céu dentro dos teus olhos,
escondi-me mais um pouco e em jeito de menina
ofereço-te os meus sonhos numa bandeja de sorrisos soltos à socapa.
para lb
4 comentários:
Nós é que ficamos afogados na tua escrita. Na forma como as palavras nascem de ti. Tens sangue de letras
O sentimento escorre de cada poro.
É tão bom passar por aqui :)
*
O Mar de Sonhos celebra o seu primeiro aniversário. Venho assim agradecer, todo o carinho, amizade, todas as palavras e todos os gestos ao longo deste primeiro ano.
O meu obrigado.
Com amizade
Luis F
Bellísimo poema. Hay palabras que no entiendo que lo hacen más bello. Te robo unas fotos... qué maravilla. JUAN
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