terça-feira, 13 de maio de 2008
Calo-te a voz de poeta
tens voz de poeta não o nego, nada acrescento, nada desfaço, nada desdigo, não há nada que não ouça quando falas, não há nada que não rompa muitas esperas, nada que não me dê cabo do coração e cada vez que me choras ao ouvido as lágrimas não escondem a vontade de cair. não há outro jeito de me comover, não há outra vontade de nada dizer, só a vontade de despir este vestido de paciência e atirar-te à cara a poesia toda em estalos de culpa que me cravas no peito. não! não hei-de sofrer assim por ti que apenas falas o que te convém e o resto calas.
chorei. amansei a minha paciência e fui, arremessei-te os poemas que me ofereceste e as palavras ternas que escreveste em noites cor de luar, no lugar deles escrevi o silêncio em gestos sorrateiros e precisos que me fizeram ver que estava certa.
calo-te a voz de poeta, não me queres ser se não estranho e eu não sei ver-te de outra forma.
perdoa-me (grito)
5 comentários:
a margarete surpreende com o seu ritmo poético.
gosto de a ler.
sabe-me bem ler os seus poemas e as suas prosas malucas.
um bemhaja para teu futuro.
Bravo!
Que bom poder estar deste lado e num olhar conseguir saborear cada letra que alimenta o meu existir.
Aprecio as tuas letras, todas!
Obrigado
Beijo
Que mulher controversa, ora amarga, ora doce, para nos lembrar que o Amor é uma doença quando nele julgamos ver a nossa cura (relembra-me a célebre poesia musicada dos Ornatos Violeta)
=*
Ler-te é sempre uma viagem pelos sentidos...tal é a emoção e força em cada palavra.
Bjos meus
Uma vez mais achei o que li fantático.
Sem me querer repetir, devo dizer que adorei.
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