quinta-feira, 1 de maio de 2008

Estranho Intruso


* foto de Luís Belo;

Intruso!
Estranho!
Revela-te na minha escuridão!



Chegaste com a espera a dilacerar-te os braços, nas palmas das mãos ironias ou cansaços em forma de pele, na boca selada em beijos por dar estavam escondidas centenas de palavras, nos olhos fechados um monte de destinos irrequietos e cruzados que selecionavas, tentando escolher o teu.


Ficaste!
Num grito silencioso e mudo...
Fizeste ouvidos moucos aos abraços poucos que eu queria tanto.
Com o corpo criaste a saudade e cantaste o fado dos sós.

E ficar não é o mesmo que permanecer.

Intruso!
Estranho!

Sou feliz por estar-te hoje, feliz por enamorar-te,
feliz por comtemplar-te deste chão de renúncias onde me esqueço.


Por agora não acenes, por agora não te despeças, no peito guarda todas as lembranças e não deites fora as esperanças que trazes nos bolsos. Se um toque pode alterar o que aí vem então dá-me a mão apenas e não entres nos repetidos dilemas que circundam o teu coração. Se um toque pode alterar o que aí vem, fica-me só como te ficas e então seremos sempre.



Intruso que pintas a minha vida com a estranheza da felicidade.
Permanece!




por: mar


1 comentários:

Anonymous Anónimo escreveu...

É engraçado como um intruso deixa de o ser quando lhe pedimos para permanecer, não é?

Não me vou repetir, mas gosto muito de ler os teus textos.

Beijos.

3 de maio de 2008 às 15:18 

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