quarta-feira, 28 de maio de 2008
Púrpura
e ela que nunca tinha cor hoje é púrpura num toque em pele púrpura reflexo da cor púrpura das riscas da camisola do rapaz ao lado. ela acredita hoje que o amor existe, coloriu o preto e branco dos dias e dias que passava agarrada a si mesma, onde era na sua solidão a cor nenhuma no mais negro quadro que o Deus dos crentes uma vez pintara.
e ela que nunca tinha cor hoje é púrpura como o beijo púrpura que ele lhe dera escondidos na cidade que nunca lhe havia conhecido cor nenhuma. e ela dançava a cor púrpura enterrada na pele, as suas mãos agora púrpura agarravam o púrpura das mãos dele, os caracóis agora púrpura bailavam os segredos púrpura que os cabelos dele lhe murmuravam.
e ela que nunca tinha cor hoje é púrpura na vontade de lhe ver a presença púrpura no seu reflexo púrpura no espelho. e queria ficar assim, assim com ele, pintada de cor púrpura num mundo de cor nenhuma onde se camuflava.
* escrito há algum tempo, num dia em que o púrpura das riscas da camisola dele me pintava a vida.
3 comentários:
antes de mais, olá *
obrigado por todos os comentários que fizeste, gostei muito =)
quanto ao texto, está fantástico. como já me senti púrpura e como foi bom. com conseguiste descrever como foi uma sensação inesquecível a ausência de cor voltar para nós. *.*
beijo *
Cor purpura, uma cor bonita. Como a tua prosa. Como tu
Sabias que...cor tu...cor eu....cor nós todos e mais alguns...e mesmo assim...preto no branco...enfim...som!
Enviar um comentário
< home