domingo, 29 de junho de 2008

maria desconhecida

na banalidade do teu nome, maria, eu encontro um motivo para te considerar humana, apesar de tudo apontar no sentido contrário. maria, vá não me olhes desse jeito tão teu, envergonhado quase sempre desajeitado como se o teu olhar fosse ainda aprendiz. é por te desconhecer que te amo e aos meus olhos és a maria desconhecida, dás passos pequenos e rapidos, nunca maiores que as pernas, o teu cabelo é um mar de ondas desconformes e desiguais, os teus olhos, ó os teus olhos maria, são duas castanhas fora de estação, gosto de ti. gosto do jeito que não tens, dos beijos que nunca trocamos só porque me afasto quando me apetece estar demasiado perto, é sempre. gosto do teu perfume, cheiras a afluente do tâmega, tens plantado no lugar do coração um pinheiro manso.
maria, maria, maria, maria desconhecida. e é este mistério a perturbar-me o sono, manhãs, tardes e noites a tentar decorar o tecto do meu quarto. e és maria e essa conformidade leva-me a acreditar que não tens asas. minto a mim proprio.

*pequena dedicatória à maria desconhecida que vive em mim.

por: mar


1 comentários:

Anonymous Anónimo escreveu...

Adorei a descriçao dela,até parece que a sinto.Gostas de viver com essa maria?

6 de julho de 2008 às 22:49 

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