segunda-feira, 28 de julho de 2008
eu amo-te*
dizer: “eu amo-te”. dizer: “eu amo-te” como quem se passeia na colina mais alta do mundo e fala alto ao eco sempre atento, como quem sacode o pó das calças, o mesmo jeito do pescador que desembaraça a rede, a mesma simplicidade de quem espirra.
dizer: “eu amo-te”. dizer: “eu amo-te” e ficar quieta como quem espera que nada mais seja dito, como quem de tão feliz se veja um louco, a mesma descompostura de um assassino em frente ao juiz, o mesmo sorriso de quem foi embora e agora regressa.
dizer: “eu amo-te” como quem penteia o cabelo, como quem lava os dentes e saber que na rotina finalmente se encontra uma razão para se ser feliz.
dizer: “eu amo-te” e dizer: “eu amo-te" e ainda assim ter vontade de dizer: “eu amo-te” para sempre, mesmo que o sempre seja longo.
*luís belo
5 comentários:
Dizer "eu amo-te" é para mim das palavras mais dificeis...é uma palavra demasiado forte para se dizer de um modo banal.
Beijinho
Texto lindo como sempre:)
Concordo, que não se pode dizer"eu amo-te" com leviandade, nem com ligeireza.
tocas em coisas , deveras importantes.
Bj
não há leviandade ou ligeireza no modo como te amo, meu amor. e a única ponta de banalidade que existe neste acto é o facto que de tão grande o tornámos tão nosso, quase preciso. se na razão procurasse um vocábulo nisto que sentimos seria "amor", mas sem saber o que pensar ao certo da monumentalidade do que em nós criámos digo: eu amo-te.
Olá Margarete;
Dizer "Eu amo-te" é o supremo, senti-lo é voar até à eternidade.
Que este amor se eternize e perpetue.
Um beijo.
dizer eu amo-te é a forma mais bela e maravillhosa de não deixar que o amanhã nos sorpreenda...
um beijinho doce
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