terça-feira, 26 de agosto de 2008

na calada da noite

calo-me à noite mas só à noite quando tudo se cala e o céu se apaga. à noite quando o manto negro me alcança deito-me dentro de uma bota e sorrio com o tecto coberto de estrelas e é noite dentro de mim quando me calo.
a noite é redondante e a solidão que chega com ela também, cai, fica, vai, cai, fica, vai e sem entusiasmo choro um pouco quando o relógio que é lua na noite atira os ponteiros contra a torre, a torre que é o cume de mim enche-se de lágrimas e a tristeza encontra uma casa.
calo-me esta noite, esta noite em que a tua partida se anuncia breve, calo-me com o peito entreaberto de dores pesadas para sempre.

por: mar


2 comentários:

Blogger rogério escreveu...

nice post

27 de agosto de 2008 às 12:48 
Blogger Richy escreveu...

Na calada da noite, escura e aconchegante, convidativa, todos nós choramos um pouco. Por vezes acompanhados pelas lágrimas que nos dançam na face, outras vezes apenas nós... e a noite.

29 de agosto de 2008 às 18:35 

Enviar um comentário

< home










mar


sobre este mar:

estrelas do mar
maré cheia
um mar de fotos
lugares do mar


arquivo:

março 2008
abril 2008
maio 2008
junho 2008
julho 2008
agosto 2008
setembro 2008
outubro 2008
novembro 2008
dezembro 2008
janeiro 2009
fevereiro 2009
março 2009
abril 2009
maio 2009
junho 2009
julho 2009
agosto 2009
setembro 2009
novembro 2009
dezembro 2009
janeiro 2010
fevereiro 2010
março 2010
junho 2010