sábado, 30 de agosto de 2008
a nossa casa
e a nossa casa mora por detrás das montanhas, montanhas preenchidas de pinheiros desfolhados até ao alto, no limite do céu. torces a curva e olhas o jardim plantado aos pés de um lago, no meio, sobre a água pousado um barco,a nossa casa é um barco a dormir num lago esquecido atrás de umas montanhas cobertas de pinheiros altos e desfolhados. faz frio aqui e às vezes sentimos necessidade de acender a lareira e a nossa casa arde como o casco de um barco a dormir sobre um lago. ontem adormeceste no meu colo e o teu ouvido foi companhia fiel das minhas histórias tristes, o teu braço no meu peito e o teu cabelo a fazer-me cócegas na boca e de repente tive a certeza que ali estava toda a minha vida. quando estamos certos de conhecer o rosto para lá do nome, a mão para lá do rosto, a pele para lá da mão, o sentimento para lá da pele, o rosto para lá do sentimento, o nome para lá do rosto, nós mesmos para lá do nome, tudo se torna grande como o lago onde um barco adormece.
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