quinta-feira, 28 de agosto de 2008

tenho um outono a bater-me à porta

chove lá fora, a copa das árvores quase encolhida até ao chão em sinal de cansaço, fim de verão. gosto, quando chove, de me sentar à janela e deixar que as gotas encham a palma das minhas mãos, gosto de as confundir com as minhas lágrimas. é tarde na copa das árvores e no chão, as ruas estão desertas como o meu corpo, ao longe podem ver-se uma pernas que correm em busca de um lugar recolhido, olho o horizonte pintado de nuvens claras e escuras, uma fotografia a preto e branco. é o outono a abraçar as montanhas com um sorriso em sol menor, é o outono a vir com a chuva devagar, muito devagar que ainda não é setembro e o bom tempo foi tardio. eu espero com um outono a bater-me à porta.

por: mar


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