segunda-feira, 8 de setembro de 2008
o meu pai é um palhaço triste
sorrio às costas de um palhaço triste, daqui o mundo parece-me o que sempre julguei, pequeno. o mundo é pequeno e cabe-nos no bolso brinca o palhaço comigo às voltas a tocar nos ramos das árvores. não há ninguém maior que tu e de repente eu sou um gigante e as pessoas são mais pequenas que os meus dedos mindinhos. sorrio a pequenez do mundo com os braços no ar, às costas de um palhaço triste. e a feira popular vista daqui é um lugar bonito, com luzes que piscam e pessoas pequenas aos encontrões, com carrosséis e jogos espalhados por secções. a minha vida teria mais sentido se fosse passada em cima de um palhaço triste, aos pulos, a esbracejar a minha grandeza com apenas seis anos. a minha vida teria todo o sentido que eu lhe quisesse dar e seria a pessoa mais feliz do mundo, também seria a pessoa mais egoísta do mundo por ignorar a tristeza do palhaço. não me arrependo de minutos depois já estar no chão, pai.
5 comentários:
E se conseguissemos ver a vida com os olhos de uma criança de 6 anos seria uma vida muito mais feliz e nós seriamos mais "puros" e sinceros.
Olá!
Li os teus dois posts mais recentes e gostei muito.
Neste a verdade de sermos tão grnades e tão pequenos. No outro a partida e a saudade.
Gostei.
Beijo
Olá Mar;
O layout mudou, agora a tua casa, é branco no preto, todavia, a escrita permanece igual, e ainda bem que assim é.
Beijo
Um encanto este post! Palavras que brincam e dao cor a sentimentos de magia!
Beijo terno
olá margarete, saudades de ti...
venho sempre dar uma visitinha ao teu local do "crime"...risos
beijinho querida...
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