segunda-feira, 20 de outubro de 2008
cai.
cai o coração. as mãos correm pela casa e morrem na maçaneta da porta do quarto, andar. a tarde é de chuva miúda contra as vidraças, alguém se abraça e a rua chora o inverno ao colo. podia ser quarta feira de manhã ou sábado à tarde, o tempo é indiferente. anibal arregaça as mangas da camisa, os sapatos rompem a sola contra o asfalto, sorri. a casa era decerto vazia, talvez num ou noutro dia conhecesse um ou outro rosto mas na maior parte das horas era sozinha. a porta da rua está fechada mas pela frincha consegue-se despir um segredo. aníbal estende as mãos à chuva, estica os braços, gira, está louco. há sangue na roupa no chão.
0 comentários:
Enviar um comentário
< home