quinta-feira, 13 de novembro de 2008
beija-me como se fosse noite ou como se adormecessem os teus olhos na mesinha de cabeceira, que é já tempo de se soltarem os beijos encarcerados no céu desta minha boca. se amanhã, depois do beijo, te apetecer partir de novo, leva o sabor, que eu não quero ter de aguentar-te a boca na minha de uma vez para sempre. por isso te rogo, agora que os sentidos se atropelam em intempéries de gestos, volta, beija-me como se fosse noite e não deixes que amanhã te leve. e eu serei então pequena como o coral que adormece as ondas, entregar-te-ei a vida, cada vez mais pequena, que ainda me cabe no lugar do coração. e se tu fores partir as vontades ao meio como gostas de partir o corpo, leva-me contigo, quanto mais não seja para te perturbar os silêncios com gritos moucos.
2 comentários:
Os beijos trocam-se. Dão-se.
Se os pedimos, mais vale esquecer o seu sabor...
Olá Margarete, lendo teus escritos
e emocionando-me. Beijos!
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