segunda-feira, 17 de novembro de 2008
então vai ser assim: eu escondo-me nos teus braços e tu amparas-me do mundo, depois caímos os dois.
um dia disseste-me que a confiança é uma trepadeira que se vai alojando entre as paredes da casa, disseste-me que as trepadeiras são ervas daninhas, eu prefiro acreditar na beleza das trepadeiras, em como ficam bem na ornamentação de um ramo que, se quiseres, poderá muito bem ser um sentimento. ao mesmo tempo que mo dizias ias deixando que a trepadeira te enrosca-se os pés aos meus e a meio da conversa já a trepadeira nos chegava aos joelhos, foi assim porque os nossos corpos eram casas, será assim até a casa se alagar e apenas restarem pedras soltas ao meio de um qualquer caminho, pedras que mais tarde poderão ser muros.também me disseste que a vida é um poço onde a água das lágrimas nem sempre cabe.
talvez um dia, quando a trepadeira for mais forte do que as pedras, a casa que quer ser casa continue a sê-lo, até lá haverão poços, muros que os constroem, águas salgadas e tudo porque o caminho que nos separa, é já tão grande, que dois braços não chegam para amparar a queda do mundo.
1 comentários:
Obrigado, mar. Muito mar e muito obrigado.
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