terça-feira, 11 de novembro de 2008

para que lado da vida vais? pergunto-te eu com o coração a doer-me na ponta dos dedos das mãos. tu não respondes, às vezes é melhor assim, o silêncio a arder num corpo em vez das palavras a esfaqueá-lo. há vontades a serrar-me os membros, enquanto tu, do alto da tua despedida, acenas um punhado de promessas. podia ser tarde ou cedo, tudo menos agora, que agora é já não sou capaz de te amar. e o bosque abre-se à tua frente enquanto corres, desprovido de tudo, atolhado de nada, com os pés trocados pela ânsia de não chegar tarde, com o rosto curvado, não vês o caminho para me não decorares o regresso. então é isto: adeus. fecho os meus braços, não haverão outros braços, nem mãos, nem corpo capaz de os abrir. calo os meus olhos que gritam a tua ausência, feridos na íris, as pupilas dilatadas pelo esforço que é vão e, antes que a noite acompanhe a minha solidão, acalmo os passos perdidos em caminhos que não lhes pertencem e choro baixo, rente ao chão, longe de nós.

por: mar


2 comentários:

Anonymous Anónimo escreveu...

um circuito emotivo numa corrida de palavras.

salvé, parabéns pela Casa.

mario

12 de novembro de 2008 às 16:16 
Blogger Vanda Paz escreveu...

às vezes leio-te e não consigo te comentar... tu sabes.

deixo-te um beijo

Vanda

13 de novembro de 2008 às 09:13 

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