quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

é da tua ausência que se pintam as paredes da casa. 
a tinta ainda fresca encobre as memórias sobre os tons de azul, ou pele, numa casa de portadas cerradas, onde a lua espera, fora da porta, a noite chegar. 
da raiz do cimento se fazem alguns passos, em sentido contrário, 
e é no fogo, ou cinza, ou brasa, que se queimam os gestos estáticos à porta do ser.
a breve palavra, entornada na madeira podre de um soalho antigo, antigo como os dias sem ti, entra-me pelo coração e vem atolhá-lo de recordações, em tempos de ser sozinha há dúvidas em ser inteira e o mundo cai-me ao chão. 

por: mar


0 comentários:

Enviar um comentário

< home










mar


sobre este mar:

estrelas do mar
maré cheia
um mar de fotos
lugares do mar


arquivo:

março 2008
abril 2008
maio 2008
junho 2008
julho 2008
agosto 2008
setembro 2008
outubro 2008
novembro 2008
dezembro 2008
janeiro 2009
fevereiro 2009
março 2009
abril 2009
maio 2009
junho 2009
julho 2009
agosto 2009
setembro 2009
novembro 2009
dezembro 2009
janeiro 2010
fevereiro 2010
março 2010
junho 2010