quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
desaprendo lentamente a amar-te.
e é devagar que te perco, te deixo descer do topo do coração aos pés da cabeça, te vejo sair, cair, morrer. é lentamente que te derretes nas pontas dos dedos onde o sangue adormece uma não fala. o amor sai do quadro, abandona a pintura ainda fresca, escorre pelas paredes e vem aninhar-se entre as cutículas onde habita toda a solidão. e a tarde nasce ao fundo dos teus olhos, recosta-se à íris e morde-te as pálpebras, berra-te uma dor qualquer que come os movimentos, grita-te as horas em corrida sobre o teu lombo.
e depressa desaprendo a amar-te
2 comentários:
E será que se desaprende a amar???...ou o que foi muito importante hoje, amanha não passa de uma leve recordaçao!!!..não se desaprende a amar mas sim aprende a estar sem a pessoa que se ama(ou)!!!
Beijo
Bom dia hoje deixo um comentário diferente, um carinho para si.
Saudades...
Fernando Pessoa
"Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe...
Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens... Aí os dias vão passar, meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro.
Vamos nos perder no tempo... Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão?
Quem são aquelas pessoas? Diremos... Que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto.. . nos reuniremos para um ultimo adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos.
Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado.
E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades seja a causa de grandes tempestades. ..
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
Beijo
ConceiçãoB
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