quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
tenho fome, penso enquanto encho o peito de memórias antigas. caminho dobrada, prestes a cair, um coração gasto, pesado, tenteio o corpo para to entregar são e salvo. são horas de chorar e esqueci-me das lágrimas. enquanto não chove corro em bicos de pés, não quero chegar-te tarde. apesar de tudo hoje estou triste, não por isto ou por aquilo mas por toda a gente, porque me querem mar e eu só sei ser rio. são horas de ir. há um lugar que me dói mais, fica-me entre os tendões no pulso, dói-me com o frio, com o gelo dos olhos abertos, redondos, mais mortos que vivos. tenho fome, penso enquanto desaperto os braços, preciso de morrer de novo.
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