terça-feira, 27 de janeiro de 2009
tenho sono. há formigas a morder-me as pestanas, pesadas como chumbo. roo as unhas, estremeço, enterro a cabeça nos joelhos, atiro algumas lágrimas contra as calças. quero é viver! adormeço. já tarde perco o autocarro entre os braços, atraso-me e fecho a porta, o pequeno-almoço está frio. espero o gelo no eco das paredes. esta casa é um deserto. ainda falo, pouco, que as palavras vão construindo muros na minha traqueia e o ar não passa. arrasto alguns silêncios, tiro as luvas brancas, encosto a cabeça ao vidro da janela. a vida é de uma beleza triste, espero-te.
1 comentários:
Muito bem escrito.
Abraços d´ASSIMETRIA
DO PERFEITO
Enviar um comentário
< home