segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

anoitece cedo deste lado do amor: penso. fecho os olhos e conto os dias no avesso das estações da pele, os corpos estão despidos como árvores na ante-véspera, com o inverno em tons de geada, pousado sobre os ramos nús. estou morta, e desces-me pela encosta dos olhos, deixas-te cair com as folhas no chão de algumas almas. tudo o resto é incerto e sombrio ao mesmo tempo. há dias, há alguma solidão, há bagos cheios de lágrimas e uvas sem videiras, mares sem ondas. há noites de solidão onde palavras, ou versos, são pesos no coração. fecho os olhos, respiro fundo, digo: anoitece cedo deste lado do amor. e fico, assim, para sempre, só.

por: mar


1 comentários:

Blogger Unknown escreveu...

"anoitece cedo deste lado do amor"

há alturas em que os dias vão ficando mais pequenos... mas... logo vem o momento em que os dias começam novamente a ficar maiores... e não podemos deixar esses momentos esquecidos por detrás de uma janela fechada que por vezes se torna o coração...

sorri!

beijo terno

15 de fevereiro de 2009 às 12:28 

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