domingo, 1 de fevereiro de 2009

há sempre melancolia num rosto antigo, antigo como a madeira oca das escadas que dão para o sótão, como o meu...  há já algum tempo que venho a habituar-me a esta tristeza, arrasto o silêncio, prendo as mãos à solidão, mas hoje apercebi-me, por muito que fuja no sentido contrário hei-de sempre chegar ao teu coração. todos os meus gestos são palavras escritas num papel amarelado, que há-de envelhecer com o tempo, humidificar com a chuva, a carta que nunca lerás, e embora saiba de antemão que nunca mais nos veremos, não posso parar de te escrever. deve haver alguma lógica no amor, eu nunca a encontrei. com o tempo aprendi a lembrar-te por entre sorrisos, aprendi que o futuro é uma convergência, um gatafunho escrito em cima do joelho. hei-de amar-te sempre e se o sempre durar o que penso que dura, hei-de morrer como um barco que apodrece no cais, abandonado ao longo passar dos anos, ou das ondas. 

por: mar


3 comentários:

Blogger S. escreveu...

que bonito... tão simples, mas tão belo, o teu blog :)

1 de fevereiro de 2009 às 13:29 
Blogger Hugo Filipe Nunes escreveu...

Hey ai!


Adoro o teu blog por isso dei-te um "olha que blog maneiro"...
Tens lá umas regrinhas com os procedimentos do selo.

Beijão!

2 de fevereiro de 2009 às 21:52 
Anonymous Anónimo escreveu...

=(

3 de fevereiro de 2009 às 14:34 

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