quarta-feira, 18 de março de 2009

escrevo à data do aniversário, a tua morte. no cheiro dos teus olhos abertos, arregalados ao céu ferido de março, o teu nome, escrevo, entre vogais e consoantes, alguma dor. uma dor pequena, dessas pertinentes, que se entrenha na pele e arranha os ossos, dessas que a longo prazo matam. hei-de morrer sem ti, um dia destes, um destes dias, quando me aperceber que o mundo é uma sepultura de afectos, quando morreres de novo, nos meus braços, ao entardecer de um simples beijo. guardo os teus braços sobre os meus pousados e o peso do teu corpo, inteiro, dentro deles, lembro o branco na tua pele pintado e o frio, o frio do tempo a abandonar o teu corpo, da vida a fugir-lhe. para sempre.

por: mar


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