quinta-feira, 2 de abril de 2009
escrevo: os erros são tentativas de punir a vida por nos ter criado filhos do mesmo umbigo. hoje quero arrancar-te os braços e atá-los ao meu corpo, um abraço é urgente quando me sinto só, e é sempre urgente um abraço quando não há outra forma de morrer, a não ser esta decomposição lenta. e hoje, que é dia de todas as mortes, quero enlutar-me de ti, enviuvar-me de gestos e, pela noite fora, adormecer o amor dentro do peito. é certo que estar vivo é uma antítese mas até as antíteses conseguem ser contraditórias, por isso fico.
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