quinta-feira, 4 de junho de 2009

nesta inocência aborígene construímos uma queda. as quedas são como flores fora de estação, por isso doem, não se acomodam, não nos pertencem. de todas as quedas a mais dolorosa é esta, do alto do monte erguer os braços sobre o penhasco e cair, como se fosse fácil derrubar o peso de um corpo sem ossos. construímos a queda de quase nada ou de quase muito, há quedas que são nomes ditos em simultâneo, vogais dispersas como chuva diagonal. há nomes que não são quedas, nomes curtos onde as vogais se aconchegam umas às outras, como segredos ditos ao cair da tarde numa jura de amor. quero o teu nome em queda livre sobre o meu.

por: mar


1 comentários:

Blogger Flávio Lopes da Silva escreveu...

olá mar!
texto de alta qualidade literária.
bjs

7 de julho de 2009 às 19:09 

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