quinta-feira, 4 de junho de 2009
supostamente nascemos da mesma flor e é nosso o mesmo destino do pólen. supostamente somos do vento e é ele que nos leva daqui para ali, vamos-lhe no dorso, tão atabalhoadamente sentados que lhe doemos ao fundo das costas, somos pesados, é o chumbo de dois corações num só. respiramos a dor enquando vamos, e vamos por tantos lugares que eu nem sei se já aqui estivemos. espera. julgo que sim, lembro o caminho ao longe a pender nas casas de telhado baixo, lembro a senhora velha com um cesto à cabeça, lembro o mar bravo e as gaivotas junto dele, foi aqui que perdeste a virgindade. e de súbito desprendes-te das mãos, as minhas mãos seguras nas tuas, voas, vais sentar-te a poente, onde não dói ao vento e eu fico só.
8 comentários:
a brisa do teu mar faz-me bem,
a brisa do teu mar faz-me bem,
a brisa do teu mar faz-me bem,
tão bem que até o digo três vezes.
Este comentário foi removido pelo autor.
mar, a tua pluma é a mais maravilhosa que alguma vez li.
um beijinhos doce.
Mar,
A beleza e a profundidade de sua escrita são inegualáveis...
Mais um excelente texto.
Sempre a admirar.
Beijinho
António MR Martins
"inigualáveis", é que está correcto...
Oh Mar...
as recordações que nos põem com um sorriso nos lábios...
brisa da tua vida...
*
andas desaparecida moça. que é feito de ti?
*
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