quarta-feira, 29 de julho de 2009

longe vai o tempo em que pintava sonhos com a mesma facilidade com que comia as expressões mais fúteis, simples como dizer adeus ou olá ou quem sabe convidar-te para sair ou morrer. somos conceitos mudos, gritos encarcerados entre as mãos de quem pouco ou nada sabe, às vezes balançamos os pesadelos na esperança de os domar, tentamos em vão subsistir à necessidade de reatar afectos, e então subtilmente somos capazes de destruir o futuro, depressa para doer pouco, suficientemente devagar para ser prazeroso. somos escravos da amargura, tanto tu quanto eu, assistimos ao mundo como se fossemos réus, embora a culpa seja pesada. a recessão esquartejou o pouco que restava dos nossos corpos, do rosto sobrou apenas uma expressão triste, largada ao abandono de um cargueiro de faltas. longe vai o tempo em que os teus olhos serviam de casulo à minha saudade, longe vem.

por: mar


1 comentários:

Blogger Armindo de Vasconcelos escreveu...

Comecei por este...
... mas vou ficar ou voltar.

Gosto destes sentires enovelados, quase estranhos, porque ser estranho é apenas estar do outro lado.

6 de agosto de 2009 às 12:08 

Enviar um comentário

< home










mar


sobre este mar:

estrelas do mar
maré cheia
um mar de fotos
lugares do mar


arquivo:

março 2008
abril 2008
maio 2008
junho 2008
julho 2008
agosto 2008
setembro 2008
outubro 2008
novembro 2008
dezembro 2008
janeiro 2009
fevereiro 2009
março 2009
abril 2009
maio 2009
junho 2009
julho 2009
agosto 2009
setembro 2009
novembro 2009
dezembro 2009
janeiro 2010
fevereiro 2010
março 2010
junho 2010