segunda-feira, 14 de setembro de 2009
outros há que ousam segredar-me o fim do horizonte, como se lhes orvalhasse no coração tamanha infelicidade, que as árvores então inclinassem as copas em direcção à raíz. outros há que guardam histórias tristes no bolso das mãos, para me contarem quando estiver mais feliz. julgo ter perdido o jeito de pronunciar o teu nome sempre que estás longe, estás tantas vezes longe que as próprias vogais comeram as consoantes e na dissonância do teu nome, quando gritado pelo meu, levantam-se pássaros migratórios, desses que andam de coração em coração a debicar migalhas de amor. e o que de ti guardo vai secando, como se as estações do corpo passassem na pressa dos dias de inverno e as flores, que voltadas para a chuva entristecem, começassem lentamente a morrer. queria que as estações não me pesassem tanto na pele, para me ser possível guardar-te nas primaveras.
5 comentários:
onde andas, Mar?
desaparecida...
(mas nunca deixas de partilhar as palavras bonitas, únicas, as tuas.) *
sentido.
Convido-te a visitares um blog reservado à publicação de citações, de pensamentos, de frases, de excertos de música...de palavras que sintam e que façam sentir. O blog chama-se Quadrado de Papel. Se tiveres algum conteúdo interessante envia-nos e faz transmitir o seu sentimento a toda a gente :)
http://www.quadradodepapel.blogspot.com
gosto desta casa...
como tu te revelas na cinza das palavras.
Passo por aqui todos os dias, quer escrevas, quer não o faças.
Gosto de ler-te.
POrque paraste de escrever?
*
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